Afinal, como um livro é precificado?
Você, assim como eu, deve ter uma pequena lista de livros-desejo, aqueles que um dia serão comprados... assim que o preço baixar. Afinal de contas, sem condições pagar "tudo isso" por um livro, né?
A questão é que, de maneira geral, os livros que a gente coloca nessas listas tendem a estar lá por algum motivo: geralmente por serem obras únicas de determinado artista, por terem um projeto gráfico muito diferente, por possuírem um fitilho para marcar a página, capa dura, ilustrações especiais ou tantas outras características que tornam a publicação um material de desejo, não só de consumo.
No entanto, nos esquecemos que, assim como em qualquer outro produto, absolutamente qualquer "elemento extra" é acompanhado de um "valor extra". Pensando no livro em seu formato básico como um amontoado de páginas (com as folhas mais simples que o mercado puder oferecer), uma capa (que pode até ser do mesmo papel do miolo) e alguma forma de prender esses elementos juntos (um grampo no meio?), é possível, para o mercado, inserir um preço a mais por cada elemento complementar, seja ele uma capa um pouco mais rígida para melhorar a proteção, seja uma maneira mais resistente de prender o miolo e a capa. Imagina então se incluirmos no pacote uma pintura trilateral, destaques em tons metalizados no miolo ou papeis especiais, que melhorariam a reprodução das imagens.
É claro que ninguém é obrigado a pagar um preço que não considera justo por um produto, mas é importante pensar que esses pequenos elementos afetam toda a experiência de um leitor com o livro, então, nesse sentido, o CUSTO pode ser alto, mas o VALOR do produto também é.
Texto por @bfbazzoli
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